quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quarta - Mais uma vez Rocinha


 Hoje estava tudo bem, acordei no horário, tomei café, subi ao quarto para escovar os dentes e trocar a camiseta que estava muito quente. Pronto: perdi a hora e... esqueceram de mim! Depois de me resgatarem, a atividade na Rocinha durou o dia todo e foi um dos melhores dias da vivência.
Pela manhã acompanhamos o processo dos cadastros dos usuários da Clínica da Família Maria do Socorro Silva e Souza. Ele é feito pelo GIL, um softwer específico, preenchido pelo mesmo agente que foi à casa da família.
 No meio da manhã, uma médica solicitou silêncio pois as vozes estavam atrapalhando as consultas. Isso pode ser devido à frágil estrutura física do local, que por ser de um material leve não possui uma boa acústica, assim como não consegue segurar a temperatura do ar condicionado.
Almoçamos novamente no “Cantinho das Baianas” local aconchegante de comida boa e barata – o prato custa R$9,50 e pode ser dividido – e que exibe nas paredes fotos da sua participação no programa da Ana Maria Braga. Depois do almoço, nosso grupo acompanhou os agentes comunitários na Visita Domiciliar em domicílios próximos à Clínica. Foi uma experiência única adentrar o morro da Rocinha, em seus becos estreitos, suas escadas de difícil subida e vertigem descida. As construções chamam atenção pela improbabilidade de manterem-se seguras, apoiadas entre a varanda de uma casa e a úmida rocha que compõe o morro. Em um determinado trecho da caminhada, André, o Agente de Saúde que nos acompanhava, alertou-nos para a possibilidade de vermos pessoas armadas. Assim, surgiu em nosso caminho um grupo de jovens que fizeram questão de nos observar e mostrar suas armas na cintura. Um deles segurava um fuzil com o cuidado de um pai que segura um filho recém nascido. Foi com certeza o momento mais apreensivo de nossa visita.
Apesar dos avisos de não fotografar o morro, por motivo de segurança assim como em Manguinhos, nosso colega Fabiano atuou clandestinamente e conseguiu umas imagens bem legais dessa experiência.





Terça - Oficina de Postais

Hoje o dia foi interessante e bastante lúdico. Fizemos uma oficina de postais que envolvia mais do que desenhos, envolvia dinâmicas entre os colegas que contribuiram muito para nossa interação, como a ficha de apresentação que fizemos uns para os outros:




Os postais tinham como tema a Saúde, e através de uma roda de conversa fizemos uma bela discussão sobre o que é saúde; a diversidade sexual, religiosa e a consequente tolerância do profissional da saúde frente a essas questões.

Segunda - CAPS Rocinha

Hoje conhecemos o CAPS 3 da Rocinha, que se localiza em um complexo de três unidades de saúde - além dele a UPA e a Clínica da Família. O inicial receio por algum tipo de perigo não se confirmou, pelo menos para mim. Realmente podemos dizer que é uma cidade, pela sua grandeza, implantada no morro.

"Bem Vindo à Rocinha. O perigo é você não querer mais ir embora"

Ao chegar o que me chamou a atenção foi o afeto entre os profissionais e os usuários, pois todos se abraçavam, beijavam, olhavam nos olhos, sorriam, tudo de forma muito tranquila. Penso que isso reflete o ambiente agradável que procuram criar ali.
Existem dois CAPS - 3 no Rio de Janeiro. Eles não promovem internação a menos que o usuário esteja em crise, ou, como eles mesmo preferem, "sofrimento psíquico" por abordar a maior parte dos casos. conversaram conosco o Cláudio, a Débora e o Tiago, coordenadores, e duas enfermeiras da sede.


Os usuários realizam várias atividades, como a oficina de mandala, que resulta em trabalhos lindos expostos na sala de entrada do CAPS:

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sexta - InfoSaúde na Fiocruz

O retorno à Fiocruz - que alguns apelidaram carinhosamente de "friocruz" devido a sua temperatura interna - foi na sexta-feira para uma oficina de busca virtual em portais de publicações de saúde. Foram apresentadas fontes dei nformação e recursos de pesquisa disponíveis na BVS - Biblioteca virtual em Saúde - que compõe uma rede com o SciELO, ScienTI, ePortuguêse, EVIPNet, e outras.

Bases de dados como LILACS, MEDLINE e IBECS são compostas por referências bibliográficas de documentos científicos e técnicos da área da saúde O link:
http://regional.bvsalud.org/php/index.php

Quinta - Conhecendo a UPA e o PAC

A UPA Manguinhos - Unidade de Pronto Atendimento - fica localizada em um local que denominam "Faixa de Gaza", uma posição central entre alguns complexos de favelas do Rio de Janeiro - entre elas a Favela do Alemão, recentemente pacificada pelas forças armadas. A unidade foi inaugurada em maio de 2009
Esta unidade se diferencia bastante da CAP 5.2, de Barra de Guaratiba. Sua estrutura é de alvenaria, diferente da estrutura de compensado da Clínica da Família de Barra de Guaratiba. O pronto atendimento tem por objetivo desafogar as emergências hospitalares e dar retaguarda às Uniddades Básicas de Saúde, atendendo as urgências e emergências.
A UPA integra um Complexo de Atendimento a Saúde, que conta também com uma obra do PAC - Programa de Aceleração ao Cresciemento. Esta obra é um complexo cultural  que ainda está em construção, mas que possui aberta ao público uma biblioteca multifacetada. Uma grande quantidade de obras de literatura, filosofia, história, política formam aquele grande complexo, que inclui ainda oficinas de desenhos, atelier de moda, e biblioteca braile.
Por motivos de segurança, foi recomendado que não tirássemos fotografia na UPA- Manguinhos.
Seguem algumas imagens internas da Biblioteca:





Quarta - Clarissa Brasil: Dentista

O dia de hoje foi particularmente um presente para minha experiência nesses dias por aqui. Fomos divididos em grupos e acompanhamos algumas equipes de trabalho da Clínica da Família Hans Dohman. Meu grupo acompanhou o dentista da clínica, Leonardo, mas creio que esse não é o verbo mais apropriado para descrever a experência. eonardo foi muito generoso, e concedeu a mim e a Débora a possibilidade de atendermos alguns pacientes.



Terça - Oficina de Vídeo na Fiocruz

Nesse dia ocorreu uma oficina de vídeo documentário na Fundação Osvaldo Cruz. Assisstimos ao primeiro documentário de que se tem notícias, produzido na Rússia em 1917, logo depois da revoulção.
Sérgio Brito nos instigou questões que devem estar presentes ao registrarmos as imagens. Ele iniciou falando sobre o poder da câmera, e sua interferência na realidade: assim como toda relação pesquisador/objeto, o documentário altera o cotidiano a ser registrado. Nesse sentido também, deve estar presente na mente do documentarista a manipulação da história, já que a interferência inclui o seu olhar sobre o tema.



Ao final, meu grupo foi selecionado para realizar um teste-documentário, uma pequena entrevista com o prof. Alcindo Ferla, em que elaboramos três questões breves, arrumamos a iluminação, o cenário, e fizemos a entrevista. Ficou legal para a proposta do dia. Ao final as críticas foram positivas.